O diretor de Recursos Hídricos e Monitoramento Ambiental do (INEMA, Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Eduardo Topázio, disse durante a entrevista ao Programa Levante a Voz, da Rádio Sociedade News FM, de Feira de Santana Bahia, ao jornalista Luiz Santos, que os testes de calhas na usina hidrelétrica Pedra do Cavalo, localizada nos municípios de São Félix e Cachoeira. Não trazem nenhum dano ao meio ambiente nem a população.
" Estes testes devem ser feitos para que se tenha avaliação de de capacidade de acúmulo de água com segurança, e esse procedimento é padrão, tem que fazer periodicamente."
Topázio disse , que esse processo precisa ser monitorado e que depende da licença da barragem, ele ressaltou que em 2016 houve um vazamento de água quatro vezes maior que esse teste, e não trouxe nenhum tipo de dano a barragem.
"Porque esse vai trazer ? Em 2016 não aconteceu esses impactos porque aconteceria agora"?
Disse ainda que o órgão verifica e regula a disponibilidade hídrica e impactos nos usuários da água, ele destaca que os operadores da barragem tem obrigações de apresentar relatórios com dados científicos para evitar alteração ambiental.
" Pedra do Cavalo tem uso múltiplos e um dos usos múltiplos desta estrutura é de controle de cheia que fica a cargo dos proprietários da barragem, no caso o governo do estado e a Votorantim. Este tipo de negociação, em algumas épocas do ano é necessário fazer esse descarrego reduzir o volume de água evitando assim uma honda de cheias.
Outro lado
O Professor Pleno do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Francisco Bezerra, demonstrou preocupação com testes de calha, para ele pode haver alteração na qualidade da água, ele disse que em baixo existe um estuário que vivem centenas de famílias.
"Se for transformar água salobra em água doce, vai acontecer uma mortandade muito grande dos animais que eles sobrevivem, não é só enchente, o perigo é para qualidade de vida das pessoas, segurança alimentar da população, isto está sendo feito sem nenhum diálogo, sem garantia dos direitos das pessoas sobreviverem, não dá para fazer isso em plena pandemia em que as pessoas estão passando por dificuldades de comercializar seus produtos e ainda ter que passar por mais essa?"