“O ser humano vive de modo cíclico, são pontos altos e baixos e que nos fazem em dado momento não criar mais esperanças em projetos pessoais, outras pessoas ou sonho. Então acredito que o uso da fé pode sim ser um balizador para uma transformação nesta época de dificuldade”.
Kátia Passos, psicóloga do trabalho, declarou que é preciso compreender o homem como um ser espiritual, social e fisiológico e dentro deste contexto entender possíveis alterações emocionais causadas no indivíduo.
“Quem acreditava que controla sua rotina, percebe que não existe absoluto guia da vida. Todos os dias existe uma ideia de morte e perda para nós, isso porque não conseguimos prever uma situação como essa. Agora, precisamos entender e lidar com esses medos e resultados”.
Ainda segundo Katia, a pandemia nos indica uma mudança de estilo de vida. Ela acrescentou que o sujeito que existe antes não existe mais com as transformações do mundo em todo esse período.
Coordenadora do Centro de Referência Maria Quitéria e presidente do Conselho de Defesa da Mulher, Josailma Ferreira, neste momento de pandemia dados já apontam aumento de violência doméstica. Ela diz que existe grande dificuldades das mulheres na busca de apoio para denunciar os agressores.
“A rede de proteção a mulher está disposta em atuar, com todos os cuidados de distanciamento social, porém percebemos esse aumento da violência doméstica com o maior tempo das pessoas em casa”.
MAIS FÉ NO PÓS-PANDEMIA ?
O pastor Demilton Tosta diz que não poderia afirmar se após essa crise de fato o resultado seria de pessoas com mais fé, contudo declarou que o momento atual amplificar ações de fé e esperança e, sem dúvidas, existirá um bom resultado nestes indivíduos em logo prazo.
Katia, por sua vez, lembrou que a dor emocional causada pelos efeitos da pandemia podem ter reflexos se não acompanhados com cuidado. “Indivíduos que se sentem acuados em casa e restritos em sentimentos de tristeza devem e precisam de atendimento acolhedor”, ressaltou.