Rui e Neto: as lições da guerra contra o corona que Bolsonaro não aprendeu
Na guerra ao corona, governador e prefeito seguiram o bom senso, o que manda a ciência; já o presidente...
Publicada em 28/04/20 às 15:58h - 201 visualizações
Bahia. ba
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(Foto: Bahia.ba)
Levi Vasconcelos
Dizem os cientistas políticos que a excelência das boas governanças é baixar as más estatísticas, como altos índices de criminalidade ou números de mortos por falta de serviços de saúde. É algo que exige planejamento com metas a curto, médio e longo prazo. É caro e de resposta demorada.
Consegue mais sucesso nesse nobre mister quem sobe o índice de acertos no mix da administração. Rui Costa na Bahia e ACM Neto em Salvador são politicamente antagônicos, mas administrativamente iguais, acertam mais. Na guerra ao corona, seguiram o bom senso, o que manda a ciência.
Na contramão
A guerra contra as más estatísticas é miúda, cotidiana, cheia de coisinhas. De repente chega um vírus como o corona, e exige baixar as más estatísticas em regime de urgência.
Rui e Neto se dizem no caminho certo. As estatísticas cá são das melhores do país, mas ambos dizem que o pior ainda virá. E não mensuram a vastidão do estrago quando o vírus impregnar as favelas. O sufoco na saúde é quase certo. Nos cemitérios também. E cenas dramáticas na TV, idem.
Seja lá qual for o final dessa história, não teremos muito a comemorar. O estrago é muito grande. Para Rui e Neto, vai ficar a sensação do dever cumprido, o que já é bom.
E Bolsonaro, que ao invés de guerrear contra o corona, briga contra a forma científica de encarar o vírus de forma ostensiva e ainda patrocina sucessivas crises políticas. Vai colher infortúnios. E já.
Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.
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